terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Se um tapinha não dói, vamos descer o cacete!

QUEM AVISA AMIGO É: caso você ainda não tenha assistido Kill Bill volume 1 e 2, não leia o post abaixo. Ele contém revelações surpreendentes.
Cara, é bom voltar às "raízes" às vezes, né? Hoje eu peguei umas bandas que eu não ouvia há um tempão aqui no meu computador e, sabe, é bacana. Dá uma sensação de nostalgia, sei lá, desperta uns desejos que já estavam adormecidos há um tempo. É algo parecido com reencontrar uma velha paixão, mas em uma escala menor, obviamente. É algo como voltar para a cidade onde você passou a sua infância, mas em escala menor.
Mas outra coisa bacana do meu dia de hoje foi que eu tive a maravilhosa oportunidade de rever Kill Bill vol. 2! Cara, violência gratuita justificada é a melhor coisa que o cinema já fez. É, eu sei que falando assim (gratuita+justificada) parece meio impossível disso acontecer. Mas, acredite, existem filmes que abusam da violência, mas de um modo completamente justificável. Entra aí´, por exemplo, Tropa de Elite. Como que o cara ia fazer um retrato da polícia carioca sem fazer um filme violento??? A polícia carioca é violenta demais. MESMO. Se o Padilha não fizesse o filme violento, o BOPE inteiro ia baixar lá na produtora dele e quebrar ele de porrada. E isso não é algo muito agradável, então, mesmo que ele quisesse fazer um filme sem violência, não seria possível.
Kill Bill, claro, entra na lista de filmes justificada e gratuitamente violentos. Ele que me fez falar disso, né, obviamente que ele entra na lista. Mas o volume 1 entra mais que o volume 2. Fala sério, você pode contar nos dedos o número de mortes do volume 2: os 3 amigos do casamento, o negão que toca orgão, o noivo, o reverendo, a mulher do reverendo, Budd, Pai Mei, Bill. Foi tudo, né? Já deu. E olha que dessa gente, o único que a Noiva mata é o Bill! Elle Driver não entra nessa brincadeira porque a morte dela tá subentendida, você não a vê sofrendo até o seu último suspiro. Falando nisso, as pessoas que morrem no ensaio de casamento talvez não devessem entrar também, porque a gente vê só a capela de fora. A parte da porradaria que aconteceu dentro da capela aparee mais no volume 1 do que no 2. É algo a se pensar, hein. O volume 1 já ganha de lavada, porque tem "88" em apenas uma cena. Mas ainda tem mais. Tem gente que nem tem a ver com a história que morre mesmo assim. O cara que vai transar com ela enquanto ela tá em coma, por exemplo (não o Buck "My name's Buck and I'm here to fuck", porque esse até que cria um vínculo afetivo com a Beatrix, apesar de ser um vínculo meio doentio. Eu tô falando do cara que paga para o Buck e que perde a parte inferior da face com apenas uma mordida). Tipo, o cara só queria uma trepada e morre pela boca. Tenso, né, isso que dá se meter com Uma Thurman. Mas, mortes a parte, às justificativas: eu podia citar apenas o fato de ser um filme do Tarantino que eu acho que isso já é justificativa de sobra. Gente, é tipo Tarantino, é um filme dele, claro que tem violência gratuita. Mas isso pode não ser suficiente para convencer algumas pessoas, então lá vai: A Beatrix queria uma Hattori Hanzo para matar o Bill. Claro que ela não ia pegar a arma mais mortal já feita pelo homem, que mata até Deus, e usar em apenas UMA pessoa. Ela teve que aproveitar que já tava com o aço de boa qualidade e matou todo mundo que passava pela frente dela logo. Nessa brincadeira, entram os Crazy 88. Agora você deve estar pensando "ah, mas então ela podia continuar descendo o ferro em todo mundo no vol. 2, ela tem a melhor espada do mundo!" Mas ela não pode! Ela fala logo no início do filme que todas as mortes até o momento a deixaram satisfeitas. Então, depois que você já comprou o DVD do vol. 2, tá empolgadão para ter agora um exército de "Insane 176" ou algo assim, dá play esperando mais uma carnificina. Mas ela já corta a tua onda com menos de 5 minutos de filme. Por isso o vol.1 é melhor que o vol. 2. E ponto final!
Mas um outro filme de violência gratuita altamente justificada é "Clube da Luta". Assim, quando você vê um título desses e descobre, pela sinopse, que não se trata de um documentário sobre os irmãos Gracie, é normal de se esperar violência gratuita. Então, ele meio que já se justifica assim. Mas eu não quero deixar tudo pelas coxas. Enfim, veja só, acompanhe o meu raciocínio: uma das características que o filme mostrava era a busca por virilidade dos homens. O diretor tinha que colocar umas cenas de briga nas quais aparecesse de maneira bem clara a virilidade daqueles homens. Mas a melhor justificativa ainda é o título, eu acho.
Mas, como sempre, eu deixei para fazer um post às 2h, daí eu fico dormindo em cima do teclado e daqui a pouco vai acabar surgindo umas palavras que não têm nada a ver com o resto do post e o meu objetivo não é esse - pelo menos, não ainda. Música do dia: "Por um Rock and Roll mais alcóolatra a inconseqüente", do Rock Rocket

Um comentário:

Felipe Drummond disse...

das mil citações, só vi tropa de elite. preciso revisitar a locadora.