domingo, 8 de fevereiro de 2009

Sobre drinks e shows

Rapaz, ontem foi o show do Little Joy! Foi do caralho! A banda é do caralho, o local é espetacular (porra, eu amo o Circo Voador, desculpa), as músicas são sensacionais! E eu tive boa companhia. E, para completar, como todo dia de Lapa que se preze, a noite acabou em um barzinho pé sujo com algumas pessoas conhecidas e outras desconhecidas. A bola da vez foi um suiço engraçadíssimo com um joguinho que é uma espécie de UNO, mas é do MAD e é em alemão. E EU GANHEI! Bicho, Lapa é um local doido demais, né!
Mas o mais legal foi que eu conheci o Frozen do Circo Voador. Pra começar, tem um (que é o melhor sabor ever) que é de maracujá com gengibre (porra, tem como ficar melhor?). Créditos a Marina por ter me apresentado o drink. Mas, então, tem uma moça lá que a função dela é dar chorinho no frozen. É assim: os caras enchem o seu copo, daí você dá um gole, dá um sorriso e pede chorinho e a mulher coloca vodka até o topo do seu copo. Só que, pô, quem não é bobo nem nada faz assim: dá um mega-ultra-master-plus-advanced gole, tem um brainfreeze do caralho, daí com as únicas partes do cérebro que não se congelaram no brainfreeze (que são as áreas responsáveis pelo sorrir e pela fala, e isso é difícil, sabe, congelar o cérebro inteiro, mas mirar para que essas áreas permaneçam intactas) dá um sorrisinho e pede, com uma voz gelada e tremida, chorinho. Daí a mulher coloca tipo uma dose no seu copo, é maravilhoso. O ruim é a dor de cabeça que os brainfreezes causam no seu cérebro no dia seguinte.
Sempre que eu sofro um brainfreeze eu lembro de Guia do Mochileiro das Galáxias, porque lá tem a melhor descrição de um brainfreeze ever! O cara tá falando sobre o drink que é super famoso e diz que a sensação de beber esse drink é algo do tipo o que eu vou transcrever aqui (claro que eu não me lembro exatamente de como era): era como ter a cabeça espremida entre duas barras de ouro congeladas, com uma rodela de limão no meio. Porra, quem nunca teve um brainfreeze no qual sentiu duas pedras de gelo gigantes espremendo a sua cabeça?
Mas, do mais, o show, né! Então, como diria meu amigo Jack, "vamos por partes". Pra começar, eu sempre gostei mais do Amarante do que do Camelo. As minhas músicas dos Los Hermanos preferidas sempre foram as do Amarante, eu sempre gostei mais da voz rasgada do Amarante do que da voz doce do Camelo (claro que o melhor mesmo é um duo das duas, tipo eles fazem em "A flor", mas se fosse para escolher uma, seria a do Amarante) e, O MAIS IMPORTANTE, o Amarante não tá comendo a Mallu Magalhães. Quer dizer, se bobear nem o Camelo tá, né, porque do jeito que ela é, tem altas probabilidades dos dois apenas ficarem de mãos dadas, ele pagar um sorvete para ela e, de vez em quando só, rolar um beijinho. Mas, enfim, vale a versão, né. Agora, parte dois: Fabrizio Moretti. Bicho, eu sempre gostei de Strokes, uma das coisas das quais eu mais me arrependo foi que quando eles vieram tocar aqui no Rio eu não fui por trivialidades (seguinte: eu não conhecia ninguém que tava indo, fiquei naquela de "ah, não quero ir sozinho", acabei que não fui, perdi). Além disso, o cara tem uma presença de palco muito boa, teve uma hora que ele deitou no chão, tipo em filme, sabe. Agora, the last but not the least, Binki Shapiro! Assim, a menina é IGUAL a minha priminha. Eu acho que ela tem uns 10 anos de idade. Mas, assim, é igual mesmo. E, bem, veja bem, ela (Binki Shapiro) tem a língua meio presa, o que deixa a voz dela super fofinha. E em "Don't Watch me Dancing" ela toca xilofone. O resto da banda se compõe de dois cabeludos que parecem hippies tocando baixo e guitarra e um bateirista com cara de nada, mas que toca bem (porra, tinha que tocar, né, na banda do ex-bateirista do Strokes, o cara tinha que ao menos tocar como o Fabrizio)! Agora, momentos do show: depois deles tocarem quase tudo, a galera pede bis (como sempre), daí volta só o Amarante e toca Evaporar. Porra, foi lindo! Melhor que isso foi só depois, quando o Fabrizio puxou "Último Romance", o público cantou e o Amarante chorou. Deixou O gostinho para o show do Los Hermanos que vai ter no Radiohead. Outro grande momento foi o Amarante falando sobre as habilidades luso-linguísticas dos integrantes da banda: "Puta que pariu é a única coisa que todo mundo da banda sabe falar em português. É isso, pão de queijo, cafézinho e [outra coisa que eu esqueci/não entendi, acho que é guaraná]. É tudo que uma pessoa precisa saber para se virar no Rio.
Ah, que seja, acho que foi isso que eu mais lembrei. Claro que algum dia eu lembro do resto e coloco aqui. Ou não! Agora, eu tô ocupado demais ouvindo Radiohead e tentando me convencer de ir no show deles. Música do post: "Creep", do Radiohead